Trata-se de um distúrbio respiratório no qual ocorrem estreitamentos parciais ou totais da via aérea superior durante o sono.
Tal obstrução culmina em hipóxia (queda de oxigenação dos tecidos) e fragmentação do sono.
São fatores de risco: homens, obesos, idosos, mulheres na pós menopausa, pessoas com alterações craniofaciais ou com alterações na anatomia da via aérea superior, hipotireoidismo, pacientes que fazem uso de medicações sedativas ou relaxantes musculares, uso de álcool e tabaco, entre outros fatores.
É uma doença única na qual todos os pacientes serão tratados da mesma forma?
Definitivamente não. Justamente por existirem vários fatores de risco, como citado acima, que cada caso deve ser avaliado individualmente com o otorrinolaringologista especializado em medicina do sono.
Existem pacientes que vão se apresentar apneicos apenas quando deitados em posição supina (de “barriga pra cima”), pacientes que vão apresentar apnéias apenas em uma fase do sono (que chamamos de sono REM), pacientes que pioram os roncos apenas quando ganham peso, ou apenas quando ingerem bebida alcoólica e aqueles com apneias e roncos em qualquer posição.
Da mesma forma, podemos dividir e classificar os pacientes roncadores em quadros mais leves, moderados ou graves, o que também influencia na nossa tomada de decisão terapêutica.
Justamente por essa variedade de apresentações clínicas que podemos contar com vários tratamentos possíveis. Podemos realizar terapias posicionais, fonoterapia, tratamento com laser Fotona na região da orofaringe, cirurgias faríngeas (faringoplastias), uso de aparelhos de pressão positiva (como o CPAP), aparelhos intraorais de avanço (em conjunto com o dentista) ou até cirurgias de avanço maxilomandibular.
O mais importante no ronco e na apneia é que o tratamento seja individualizado e discutidas as possibilidades em conjunto com o paciente, para que a adesão seja a maior possível.
Como sabemos, os distúrbios respiratórios do sono causam fragmentação do sono, mesmo que o paciente não perceba esses despertares ao longo na noite. Com isso, uma queixa comum desses pacientes é que eles tendem a cochilar com frequência (quando podem) ou a apresentar sonolência diurna excessiva, algumas vezes com comprometimento de concentração, memória e atenção. Além das consequências diurnas associadas à sonolência, as consequências cardiovasculares podem ser graves. Isso ocorre devido ao aumento da ativação do sistema nervoso simpático desses pacientes, com aumento de variabilidade cardíaca e pressão arterial, risco de infarto agudo do miocárdio (IAM) e até acidente vascular cerebral (AVC).
Dessa forma, entenda que não é normal roncar! Nosso dever é procurar o melhor tratamento para você. E qual é o melhor tratamento? Aquele que vai trazer maior adesão possível associada a resolução do quadro clínico.
Qualquer dúvida, estou a disposição! Não é só pelo barulho que incomoda seu parceiro (a); parar de roncar é pelo seu bem-estar e pela sua saúde!
Para alcançar bons resultados é importante ter um bom diagnóstico.
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